Matemática é Amor 1



Um pouco de Matemática e Amor

Nas folhas tantas  de um livro de matemática, um quociente apaixonou-se doidamente por uma incógnita. Ele,  produto notável de uma família de importantíssimos polinômios, figura ímpar, e ela, uma simples incógnita de uma mesquinha equação literal. Mas, como sabem, o amor vai do menos infinito ao mais infinito, o amor não tem derivas e nem limites. Foi em uma noite maravilhosa, no primeiro diedro de setembro que ele a encontrou. Ela, numa secção circular, no meio de inequações, punha-se em evidência no belo vestido de linha trapézio. Ele a olhou do vertice à base, de todos os ângulos, agudos e obtusos, olhar rombóide, boca trapezóide e corpo ortogonal.  
Quem és tu? perguntou ele, com ânsia radical. E ela, com expresssão algébrica de quem ama, respondeu docemente: "Eu sou a raiz da soma dos quadrados dos catetos, mas pode me chamar de hipotenusa".
Fez de sua vida um paralela a dela até que se encontraram no infinito. E se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa quinta potência, traçando ao sabor do momento e da paixão, retas, curvas e linhas cossenoidais, no jardim da quarta dimensão. Ele a amava e a recíproca era verdadeira. E pelo teorema de stokes, o fluxo do que entra é igual ao fluxo que sai, concluímos que eles se adoravam numa proporção contínua em todo o intervalo aberto da vida.... 
Finalmente, eles resolveram se  casar, ou seja, construir um lar, ou mais que um lar, uma perpendicular. Convidaram para padrinhos o poliedro e a bissetriz e traçaram planos, equações e diagramas para o futuro, sonhando com a felicidade integral e diferencial. Três quadrantes depois, quando ela estava com todas as coordenadas positivas...

CONTINUA

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